quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

11 - Rio de Janeiro!!!

E cá estou eu no Rio!
Depois de 3 dias de trabalho, a deitar nunca antes das 2h e a acordar nunca depois das 6h30, e de uma viagem de avião de 2h entre Salvador e o Rio de Janeiro, cheguei à "cidade maravilhosa, cheia de encantos mil", (como diz a música), por volta das 20h de ontem.
O meu pai estava no aeroporto à minha espera, acompanhado pela amiga Rosa, enquanto que o meu irmão estava no quarto do hotel à nossa espera. A viagem até lá durou cerca de meia-hora. O hotel foi uma boa surpresa: localiza-se em plena Copacabana, a 200metros da praia e, tal como o Pestana Bahia em Salvador, tem um terraço panorâmico espectacular. O quarto fica no 16º e último andar, e tem vista para a praia, os prédios de Copacabana e, ao longe, o Cristo Redentor.
Depois de tirar umas fotos e trocar de roupa, saímos para jantar. Fomos ao Forte de Copacabana, que agora acolhe um evento de promoção à candidatura do Rio aos Jogos Olimpicos de 2016, onde andamos na roda gigante lá instalada e jantamos. O ambiente era de festa, como não podia deixar de ser. Mais tarde, regressamos ao hotel.

Hoje acordei por volta das 9h, tomei o pequeno almoço no hotel com o meu pai e fomos para a praia de Copacabana. Regressamos, acordamos o meu irmão e, depois de uns refrescantes banhos, fomos almoçar. A ementa consistiu numa grelhada mista que nos preparou para a tarde.
Apanhamos um taxi à porta do hotel e dirigimo-nos à parte inferior da subida até ao Cristo Redentor. Decidimos ir de carro, em vez do tradicional "bonde", visto que desta forma poderíamos parar em mais locais. Após uma subida acidentada pela Floresta da Tijuca, (literalmente, já que estivemos retidos numa fila por uns 15 minutos devido a um acidente), chegamos ao Mirante de Dona Marta. As vistas sobre a cidade eram fabulosas...
O tempo e a vontade de continuar apertavam, e por isso seguimos para o Cristo Redentor. Nova paragem mais acima, para trocar para uma carrinha do Parque, e chegamos finalmente ao Cristo Redentor. A imagem é imponente, e as vistas estonteantes. Ainda assim, o excesso de turistas estraga o local, e tirar fotografias pode ser um desafio à paciência de qualquer um. Pessoalmente, gostei bem mais do Mirante de Dona Marta...de onde até se tinha uma bela vista para o Cristo Redentor. Se alguém vier ao Rio, fica a dica!
Eram 17h e decidimos regressar ao hotel. Estive no terraço panorâmico a falar com o meu pai, e agora escrevo no quarto. Quanto aos planos para a noite, a ser tratados pelo meu irmão, penso que incluirão um jantar e uma ida à discoteca com a Rosa, a Márcia, a Fernanda, a Marcela e outras amigas, que eu não conheço.
Passou uma noite e um dia...faltam 3 noites e 3 dias. E o Rio aqui à porta...!
Hoje tenho muitas fotos...25, para ser mais preciso! (Duplo clique em cima das fotos para aumenta-las.)
Até já!

Foto 11.1 - No terraço do hotel, após a chegada.


Foto 11. 2 - Na entrada do Forte de Copacabana, local de promoção da candidatura do Rio aos Jogos Olimpicos 2016.


11.3 - A bordo da roda gigante.



11.4 - A bordo da roda gigante.



11.5 - No "Bar da Roda", onde jantamos.



11.6 - No "Bar da Roda", onde jantamos.



11.7 - Junto à roda gigante.



11.8 - Quando é que a preguiça se torna modalidade olímpica?


11.9 - À saída do Forte de Copacabana.



11.10 - No famoso "calçadão" de Copacabana, ainda ensonado.




11.11 - Primeiro banho em Copacabana, para acordar.


11.12 - Na praia de Copacabana.

11.13 - Na praia de Copacabana.


11.14 - No "calçadão", à saída da praia.



11.15 - Vista do quarto, para a direita.


11.16 - Vista do quarto, em frente.
11.17 - Vista do quarto, à esquerda.
11.18 - No quarto, antes de almoço.
11.19 - No restaurante.
11.20 - No Mirante de Dona Marta, com vista para o Cristo Redentor.
11.21 - No Mirante de Dona Marta, com vista para a Lagoa.
11.22 - No Mirante de Dona Marta, com vista para o Pão de Açucar.
11.23 - No Cristo Redentor.
11.24 - No Cristo Redentor, com vista para a Lagoa.
11.25 - Na Floresta da Tijuca, antes da descida para o centro.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

10 - Folga!!!

E eis que passou uma semana desde o último post! 6 dias sem escrever, 6 dias de trabalho. (Sim, porque ontem trabalhei, visto que na semana que ai vem só estarei em Salvador por 3 dias.)
Não me apetece escrever muito, e ainda menos sobre trabalho. Foi uma semana cansativa, com turnos variados, em 2 sectores diferentes (Front-office e Central de Atendimento) e com o caos próprio do período de Carnaval. Na semana que amanhã começa, terminarei o meu estágio na Recepção. Depois segue-se o Departamento Comercial, e mais tarde o Departamento de Eventos. (Qualquer deles mais interessante e desafiante.) E quanto a trabalho, estamos conversados por hoje!
Em relação a tudo o resto...nesta altura, penso que se resume ao Carnaval! E o que posso dizer acerca da maior festa de rua do planeta? É a total confusão! Gente que vem de toda a parte do mundo em busca de diversão, num estado de euforia e alegria tão desmedidos que chegam a parecer artificiais. Música axé (candidata a pior do mundo), beijos na boca às dezenas, saltos e assaltos, cachaça, luzes, multidões, trios eléctricos, camarotes e blocos, abadás, preços altissimos, lojas fechadas, estradas cortadas...o demónio em forma de festa. :)
A mim, pessoalmente, todas estas coisas dizem pouco. A música é péssima, as tradições que atraem milhares não me cativam particularmente, e o clima de extâse, de tão intenso e desprovido de um sentido lógico, chega a incomodar. Mas "em Roma sê Romano", e a única forma de conseguir sobreviver a esta loucura é entrar no espírito! Ainda estou a tentar decidir se vou ou a um dos 4 (!!!) circuitos diferentes existentes na cidade, ou se me limito a viver o Carnaval pelas ruas...de qualquer das formas não conseguirei escapar!!!
Esta semana irei ao Rio de Janeiro. Ainda bem, porque esta coisa de viver numa cidade em constante festa, com temperaturas superiores a 30 graus durante o dia e nunca inferiores a 20 durante a noite, e com a praia à porta, tambem cansa!!! No Rio de Janeiro irei encontrar uma cidade em constante festa, com temperaturas superiores a 30 graus durante o dia e nunca inferiores a 20 durante a noite, e com a praia à porta. Vai saber bem mudar de ambiente!!! :)
Bom, e por agora vou descansar um pouco, para daqui a pouco ir dar uma volta.
Até já!

Foto 10.1 - A descansar


Foto 20.2 - Na varanda.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

9 - A sexta-feira 13 e o fim-de-semana

Já não escrevo desde 5ª feira. Pelo meio houve a mítica sexta-feira 13 e um fim-de-semana tranquilo. Sem entrar em muitos pormenores, pois hoje escrevo mais por obrigação do que por vontade, vou falar do que de mais relevante aconteceu nestes 3 dias.
Não podia deixar de começar por contar algo que valeu por todos os dias de trabalho até agora. E não estou a falar dos 5 reais de gorjeta que recebi de um hóspede...na verdade, detesto receber gorjetas. Passemos então à acção propriamente dita.
Na 5ª feira à noite, um hóspede solicitou uma mudança de quarto, pois o ar condicionado não estava a funcionar propriamente. Era uma daquelas personagens típicas de um filme Brasileiro da década de 70: vinte e muitos anos, magrinho, cabelo ruivo e curto, um bigodinho, e camisola sem mangas. Do ponto de vista não físico, a única coisa que sei dele é que é arrogante, pela forma como fala. Querendo o dito "artista" mudar de quarto, a minha colega procedeu de acordo com a solicitação e, após consultar a disponibilidade, atribuiu-lhe um novo quarto, dando ordem a um bagageiro para conduzir as malas do hóspede ao seu destino. Qual não foi o nosso espanto quando, ao receber a chave, o "artista" exclamou: "Não, esse aí não!" O quarto era num dos pisos mais altos, virado para a Barra, e dos recentemente remodelados...o 1912. "Mas porquê, senhor?", indagou a minha colega. A resposta foi hilariante, ao ponto de a minha colega se ter retirado sob um pretexto qualquer para o back-office, e de eu a ter seguido...era impossivel não rir. A justificação foi, com o ar mais sério e preocupado do mundo, sem uma ponta de brincadeira, e levando a recusa do quarto até ao fim: "Porque amanhã é sexta-feira 13, e mudar-me para um quarto cuja soma dos algarismos é 13, dá azar". E a verdade é que tivemos que lhe arranjar outro quarto.
6ª feira foi mais um dia de trabalho, sem muito para contar. Dormi até tarde, fui dar um mergulho rápido à praia, voltei para tomar banho, almoçar e vestir-me, e fui trabalhar. No final, dei uma volta e fui para o quarto.
Sábado. Acordei ainda mais tarde. Nem deu para ir à praia. E nem o telefonema de Clerisson, (o senhor que conheci no avião e que me mostrou a cidade na 1ª noite em Salvador), às 8h15 da manhã, me conseguiu despertar. Fui almoçar ao Suco 24h, e regressei ao hotel. Às 15h30, conforme tinhamos combinado bem cedo, Clerisson passou no hotel para me apanhar, e fui com ele até ao bairro de Brotas, onde nos esperava um grupo de mais de 10 pessoas. Estivemos a conversar a tarde toda, acerca de variados assuntos. Falaram-me acerca dos passeios e viagens que costumam fazer, nomeadamente às ilhas próximas e à Chapada Diamantina, e fui incluído na lista para as próximas aventuras.
Eram já 21h quando Clerisson me trouxe de volta ao hotel. A fome apertava, mas uma estranha vontade de ficar pelo quarto também. Assim, tomei a opção mais obvia: saí, fui a uma loja aberta 24h, comprei salgados, bolo e sumo e regressei ao quarto. Liguei a TV e a net, e fiquei de papo para o ar o resto da noite, até às 3h da manhã. Às vezes sabe bem ser indolente!
Hoje, para não variar, acordei tarde. Ainda assim, e porque o dia era grande e eu não tinha que trabalhar, havia muito tempo livre pela frente. Como ontem não deu para ir à praia, hoje fui matar saudades. Decidi levar o livro que ando a ler (A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende, oferecido pela Luísa), e em boa hora o fiz, pois deu-me muito gozo lê-lo! Fiquei na praia das 12h30 às 16h. Depois vim ao quarto tomar banho e trocar de roupa, e apanhei o autocarro para o Iguatemi, um dos maiores shoppings de Salvador. A intenção era ir ao cinema, ver "O estranho caso de Benjamin Button" mas, apesar de ter chegado lá às 16h50 e de o filme ser só às 17h30, já estava esgotado! Aproveitei para ir almoçar. Sim, almoçar. Tal como me esqueci de referir, também me esqueci de o fazer: com a história de acordar tarde e ir para a praia o mais depressa possível, nunca mais me lembrei de almoçar! Dei uma volta pelo shopping e regressei. Estive um pouco pelo quarto e saí para jantar às 22h. Pizza...já tinha saudades. Mais uma volta pelas ruas e regresso ao quarto. Amanhã há trabalho...
...e hoje não há fotos.
Só uma pequena nota: dou as boas vindas ao Brasil ao meu pai e ao meu irmão, que hoje chegaram ao Rio de Janeiro, onde passarão as próximas 2 semanas. Eu visita-los-ei...e comigo trarei o meu irmão, que depois ficará comigo durante 2meses! Até daqui a uns dias, "miúdos"!
Até já!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

8 - Pequeno post antes do trabalho, ou a comida como atractivo!

Como o dia de ontem foi bastante semelhante aos 2 precedentes, não me vou alongar muito na sua descrição. O que aconteceu digno de registo? Tem tudo a ver com comida...!
Bem, ontem, pela primeira vez, provei a famosa e adorada "jaca". Sei que para vocês o nome não deve dizer nada, tal como a mim não dizia, mas, ao que parece, esta gente aqui venera a jaca! Ontem ao jantar lá estavam as jacas, e o colega com quem desci para comer logo me aconselhou vivamente a tirar algumas. Tirei uma para provar, tendo-a colocado na borda do prato. Sentei-me para começar a comer e, no espaço de 30segundos, ouvi por 3 ou 4 vezes a palavra jaca. "Já viu que tem ali jaca?" "Pega aí uma jaca!" No entanto, senti-me a fazer figura de parvo ao verificar que a maioria das pessoas não estava a pôr a jaca no prato mas sim num copo! E o que é, afinal, a jaca?
A jaca é um fruto de uma árvore chamada jaqueira, de grandes dimensões e cor esverdeada, que pode ser encontrada apenas em lugares tropicais como parte da Bahia, e que depois de arranjada dá origem a pequenos gomos de textura mole e cor amarelada, bastante doces. Existe a jaca dura e a jaca mole, sendo que a principal diferença é que a jaca dura tem um caroço e a jaca mole não. A que comi era a jaca dura...e, de facto, é bastante boa!
Ah, o motivo porque algumas pessoas metem a jaca num copo? Porque, visto que é doce e tem um exterior mole, dá para desfazer e formar uma polpa, que depois é comida com uma colher como se de uma geleia se tratasse.
A segunda novidade diz respeito ao pós-trabalho da última noite. Antes de dar uma volta pelo Rio Vermelho, fui ao "Suco 24h" e bebi um sumo natural de...jaca...e comi um "pãozinho delicia". Quando pedi, não fazia ideia do que este último seria, mas depois tornou-se claro: é um pãozinho delicia!!! Ou, dito de outra forma, é um pequeno pão de textura semelhante ao pão de leite (mas não doce), com interior de queijo suave fundido. Uma...delicia!
Quanto ao dia de hoje até agora, pouco há a contar. Acordei tarde, para compensar o facto de ter adormecido a horas impróprias, fui à praia, para não perder o hábito, e tirei algumas fotos. Que embora não estejam nada de especial, já que a praia não é das melhores e o tempo era escasso, chegarão para vos fazer inveja!!!
Até ja!
Foto 8.1 - A praia próxima do hotel, onde hoje fui a banhos.

Foto 8.2 - Eu, na praia.


Foto 8.3 - Eu, na praia, 2ª versão.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

7 - Enfim, trabalho.

Já não escrevia desde Domingo, não é verdade? Pois bem, o que há para contar?
No Domingo acabei por não resistir aos apelos do mar, e fui para a praia. Estive lá meia-hora, sentado numa pedra, envolto em pensamentos que acompanhavam o ritmo das ondas. Nada de muito sério, nada de muito importante, nada de muito fantástico...apenas pensar, ao calor abrasador de uma tarde de Verão em Salvador.
Regressei ao hotel para tentar ouvir o relato do Porto-benfica online. E digo "tentar" porque de facto não foi fácil: a ligação ora caía, ora ficava com atraso... O jogo terminou 1-1, e o golo do Porto foi obtido num penalty bastante duvidoso, o que já me valeu uma série de chamadas de atenção. Mas porquê, se por estes dias sou do Sport Bahia e do Vitória da Bahia...?! Eheh.
Entretanto saí para jantar e dar uma volta por aí. Estava um domingo mais calmo do que aquele da minha chegada, há cerca de uma semana atrás. No entanto, relativizemos, o "calmo" de Salvador não deixa de ser uma agitação quando comparado os nossos padrões!
Regressei ao hotel, tomei banho, vi um filme qualquer na TV e adormeci.

Ontem, 2ª feira, o dia resume-se de forma simples. (E, ao fazer esse resumo, deverei resumir também o dia de hoje, que está e vai ser bastante parecido.)
Acordei tarde, isto é, cerca das 10h e cumpri o ritual matutino: calçar as havaianas, vestir uns calções e uma t-shirt amarrotada, pegar na canga e em 10reais e ir para a praia. Chegado lá, poisei tudo e corri para o mar, onde me mantive a nadar por mais de meia-hora. Como sabe bem...! Saido da água, estendi-me na canga colorida e apreciei o preto proporcionado pelos olhos fechados, sentindo a brisa quente que acaricia a costa.
Regressei ao hotel, tomei um banho e fui almoçar.
Depois de almoço, vim ao quarto lavar os dentes. A seguir, fechei totalmente as cortinas e deitei-me por 10minutos na cama, de barriga para o ar e com o leitor de mp3 nos ouvidos. Volume máximo para "Closer", dos Kings of Leon. Impossível definir por palavras o que esta música, ouvida desta forma, me faz sentir. Como diria o outro, "é impossivel definir tal algo"!
Depois, das 15h às 23h, trabalho, com pausa para jantar das 19h às 20h. Por enquanto mantenho-me no Front Office, aguardando pelo Plano de Estágio que me fará passar por departamentos bem mais interessantes, como o Comercial e os Eventos. Ainda assim, tem sido divertido trabalhar ali, muito graças à simpatia e hospitalidade dos meus colegas. O facto de ter vivido em Itália revela agora as suas vantagens: como recebemos bastantes hóspedes Italianos, (coisa que não imaginava), e como aqui ninguém fala Italiano, tenho estado ocupado com quase tudo o lhes diga respeito.
Às 23h saí, fui à rua para apanhar um pouco de ar e, por que já era um pouco tarde, em especial no horário de vida Brasileiro, vim para o quarto. (Como o sol nasce às 5h30 e se põe às 18h30, eles acordam e deitam-se bem mais cedo do que nós. Os shoppings, por exemplo, encerram as lojas às 21h-22h...! E, quando comentei que em Portugal só fechavam à meia-noite, toda a gente ficou escandalizada.) Mais um filme e um banho, e dormir.
Hoje o dia tem sido exactamente igual ao de ontem: acordar, vestir, praia, banho e almoço. Amanhã vou tentar acordar mais cedo e ir a outra zona da cidade...talvez à Barra.
Agora são 14h40, e eu trabalho daqui a 20 minutos. Por isso...
...Até já!
Foto 7.1 - Posto de escrita.


Foto 7.2 - Posto de escrita...agora ocupado!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

6 - Relax

Hoje tem sido dia de relax.
Acordei por volta das 10h e, com a descontracção própria de quem tem um dia livre pela frente, vesti uns calções e uma t-shirt amarrotada, calcei as havaianas e, com cara de sono e cabelo desgrenhado, desci.
Parei na primeira praia que me apareceu em frente dos olhos, distante cerca de 100m da porta do hotel, e tão depressa me despojei da toalha e de objectos desnecessários como entrei no mar esverdeado. A ondulação estava um pouco mais acentuada do que tem sido habitual, mas nem isso me impediu de nadar por cerca de meia hora. No final, e como sucede sempre, a sensação de grande cansaço só foi superada pela de bem-estar. Um momento de barriga para o ar na toalha, (neste caso uma canga com motivos bahianos), e saída da praia.
A fome apertava, tanto na minha barriga como na conta do telemóvel Brasileiro. Assim, passei no bar "Suco 24h" e pedi 2hamburguers (dos saudáveis) e um sumo natural de mamão, para levar. Não podendo alimentar o telemóvel da mesma forma, dirigi-me a um quiosque para o carregar com 10 reais.
Porquanto estava já abastecido de comida e com o telemóvel recarregado, regressei ao quarto. Tomei um banho, deitei-me na cama larga, liguei a televisão num dos 4 canais que estavam a dar futebol Europeu e ataquei os hamburguers e o sumo com a mesma avidez com que momentos antes havia atacado o mar.
É mais ou menos nessas condições que me encontro agora, pois por muito que o mar reluzindo com a ajuda do sol me chame lá fora, a preguiça fala mais alto. "Daqui a pouco!", respondo-lhe eu.
Até já.
Foto 6.1 - A relaxar, no quarto.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

5 - Apartamento encontrado, muitos gastos e novo horário

Como deve ter dado para perceber pelo título deste post, finalmente encontrei apartamento. No momento em que vos escrevo, à semelhança das últimas 24h, sinto-me estranho e confuso em relação ao mesmo...
Depois de ter percorrido todo o Rio Vermelho à procura de um apartamento, durante 3 dias, e de ter questionado os porteiros de todos os prédios decentes do bairro, lá encontrei. E foi da forma mais inesperada: entrei numa imobiliária, perguntei se tinham apartamentos para arrendamento e recebi a seguinte resposta: "Aqui só vendemos e avaliamos...mas olhe, esses senhores que acabaram de sair vinham para colocar 2 apartamentos a alugar!" Então saí, fui ter com eles e arranjei 1 sítio para morar.
Salvador, (não a cidade, mas o nome do senhor), e a esposa, são espanhóis de Barcelona. (E posso dizê-lo apenas por que sei que ele não vai ler este blog: enquanto falavamos, ele fez questão de me dizer "Eu tenho passaporte Espanhol, mas não sou Espanhol, sou Catalão!") Têm 2 apartamentos no mesmo prédio e no mesmo número, apenas diferindo o andar: o outro, curiosamente alugado ao Chefe de Cozinha Executivo do Grupo Pestana na Bahia, fica no 3º andar; o "meu", fica no 5º.
Quanto ao apartamento, é bastante pequeno, não passando de um studio. E esse é o primeiro aspecto que me deixa pensativo...será que não acabaria por encontrar um maior, com 2 quartos e maiores dimensões? O outro aspecto é o mais vulgar: 1400 reais, equivalente a quase 500€, é bastante caro...!
Pontos positivos: fica num prédio com bom aspecto, a 500 metros do hotel em que vou trabalhar e numa zona tranquila, tem porteiro 24h, piscina, sauna e...fica mesmo em frente à praia. Com direito a vista total sobre o mar.
Ah, como aqui toda a gente aproveita o Carnaval para ganhar MUITO dinheiro, o apartamento só estará disponível no dia 28. (Está alugado por um período de 10 dias, durante o Carnaval, por 3.000 reais, ou seja, 1.000 euros!) Como não tinha onde ficar até dia 28, acabei por voltar para o Pestana, por 1valor exactamente igual: 1.000euros, mas por 22 noites. Muitissimo...mas nada comparado com o que pagaria sem a tarifa especial. (Para terem uma ideia, o quarto mais barato neste hotel durante o Carnaval, custa cerca de 450 euros...por noite!)
Ai, ai...é melhor não falar mais em gastos...!
Bem, depois de encontrar o apartamento, fui trabalhar pela 1ª vez no Pestana Bahia. Lá, comecei por uma tarefa à qual estou bastante habituado: comer. Almocei no refeitório, tendo comido carne estufada, esparguete e vatapá, que se apresenta como um creme semelhante a esparregado, mas cujo sabor é totalmente diferente. Muito, muito bom!
Quanto ao trabalho propriamente dito, e conforme estava acertado, comecei pelo Front Office. Fui muito bem recebido e o tempo passou bastante rápido, talvez devido ao enorme volume de trabalho proporcionado pelos ínumeros hóspedes que iam partindo e chegando. Entretanto, foi decidida uma alteração ao estágio que me agradou bastante: em vez de 6 dias x 6h40, vou fazer os familiares 5 dias x 8h...com direito a sábado e domingo!!!
Saí por volta das 19h45, não sem antes desempenhar essa importante tarefa que é comer, e fui assinar o contrato de arrendamento do apartamento. Depois, dei uma volta pelo Rio Vermelho.
O panorama era semelhante ao do dia da chegada: ruas cheias de gente, dezenas de cafés, bares e restaurantes, praças a abarrotar com cadeiras que não chegam para os rabos, luzes, música por toda a parte, carros sem cessar...o caos positivo!
Registei ainda a presença de imensa gente jovem, de uma classe social claramente acima da média dos habitantes da cidade, conforme faria prever desde logo o tom de pele claro.
Mais tarde regressei ao hotel, cansadissimo, e por volta das 2h da manhã adormeci.
Hoje foi dia de folga e...de mudança de hotel.
Acordei às 8h30 e comecei pelo mais urgente: uma ida à praia. Estava a precisar. Fiquei por lá uma horita, tendo obviamente dado uns bons mergulhos. Às 11h30 regressei ao Ibis, tomei um banho, fiz as malas (estou a ficar especialista!) e mudei-me para o Pestana Bahia. Nunca pensei que os 200 metros que separam as entradas dos 2 hoteis pudessem parecer tão longos. Estou certo de que o facto de carregar 30 kg de malas às 12h de um sol feroz, tem qualquer coisa a ver com isso...!
Chegado ao Pestana Bahia, atribuíram-me o quarto 618, onde ficarei até dia 28, e durante todo o Carnaval. Se o anterior, o 300, era bom e tinha uma vista engraçada, esperem até ver este...! Fica no 6º piso e localiza-se mais "à ponta" do hotel. Assim, consegue-se obter um panorama sobre parte da cidade e, obviamente, o mar. Nada que se compare com o 23º andar...mas já chega para me fazer perder algum tempo na varanda, a olhar para tudo o que se passa...fora e dentro da minha cabeça.
Depois de me instalar, fui comer uns salgados e voltei ao quarto. Relaxei, vi um pouco futebol (a esta distância, jogos de Inglaterra, Espanha e Itália fazem-me sentir em casa) e voltei para a praia. Estive lá até às 17h, vim ao quarto tomar banho e trocar de roupa e fui lanchar.
Numa das praças mais animadas do Rio Vermelho, tive o melhor lanche desde que aqui cheguei: um sumo natural de mamão (espectacular!!!) e um hamburguer simples (que, como o nome indica, era simples: apenas um pão óptimo, quente e ligeiramente torrado, com um hamburguer saboroso.)
Depois regressei ao hotel, por volta das 19h, e pus-me a escrever este post. No final do mesmo, deixo-vos as fotos do meu novo quarto no hotel Pestana Bahia!
Agora são 21h30...tempo para ir jantar e dar mais uma volta por aí. Em princípio, "falamos" amanhã!
Até já!

Foto 5.1 - A entrar no quarto.



Foto 5.2 - Da varanda, para o quarto.


Foto 5.3 - Vista para a piscina.


Foto 5.4 - Vista frente-direita (Cidade).


Foto 5.5 - Vista frente-esquerda (Mar).


Foto 5.6 - Eu, na varanda.


Foto 5.7 - Vista nocturna, para a cidade.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

4 - Convento, Amado e Sushi

Hoje estou cansado...não sei se conseguirei fazer um grande resumo do dia, mas vou tentar.
Acordei por volta das 8h30, pois tinha que estar no Convento do Carmo às 10h. Passei pela recepção do hotel as 9h15 e perguntei quanto tempo demoraria de taxi e de autocarro até ao Convento. "De taxi uns 15minutos, de ônibus meia-hora". Como ainda tinha 45 minutos, decidi ir de autocarro. Grande erro... Esperei um quarto de hora que passasse um autocarro para a Praça da Sé, a viagem demorou 45 minutos, e a caminhada (até aí desconhecida) rumo ao Convento mais um quarto de hora. Ou seja, eram 10h30 quando lá cheguei. Valeu que nem a colega com quem ia trabalhar nem a gerente estavam no hotel naquele momento.
Chegada a hora de começar a trabalhar, fui direccionado para a parte mais divertida da recepção: não os check-in's e check-out's, mas antes aquilo a que aqui chamam Guest Relations. Ou seja, foi-me proposto que acompanhasse uma colega na tarefa de proporcionar a melhor experiência possível aos nossos hóspedes. E isto inclui uma inspecção ao quarto antes da sua chegada, indicando à Manutenção ou à Governança eventuais falhas, a elaboração de uma carta de boas vindas personalizada, em nome de cada um dos hóspedes e, obviamente, estar sempre disponível para corresponder aos seus desejos, por mais invulgares que sejam os seus pedidos ou solicitações. Na manhã de hoje, por exemplo, acompanhamos um hóspede Escocês, com ascendência Italiana, que construiu a sua vida no Canadá e que vive há 18 anos na Argentina, onde trabalha na Ópera de Buenos Aires. Uma vida tão preenchida só poderia ter originado uma pessoa tão divertida. O seu pedido era simples: interessava-se imenso por Arte Sacra, e queria saber tanto quanto fosse possível acerca das capelas do Convento.
O resto da manhã correu depressa, entre quartos de luxo, lofts e suites. Pausa para almoço, e um arroz de feijão a acompanhar umas almondegas...sem esquecer o obrigatório pão! (Há alguem que se vai rir ao ler esta parte...!)
A tarde foi um pouco mais monótona, pois não houve tanto trabalho. Todavia, as 16h chegaram e eu parti.
Mais uma vez optei pelo autocarro...e mais uma vez isso se revelou um erro. Passaram dezenas de autocarros, para todas as pontas da cidade...menos 1 dos 3 que me serviriam...a mim, que estou a viver num dos bairros mais movimentados da cidade! Não houve paciência para esperar mais, até porque queria ir tratar da casa e do telemóvel, e por isso mandei parar um taxi e segui.
Chegado a Rio Vermelho, fui a uma imobiliária. Tempo perdido, pois os 4 ou 5 apartamentos de que dispunham para alugar eram em bairros bastante distantes. Fui ao hotel Ibis, não sem antes beber a indispensável água de côco do final da tarde. Troquei de roupa e dirigi-me ao Pestana Bahia, para conversar com a Srª Adriana.
Lá, ela informou-me de que a troca do meu estágio tinha sido aceite, e que portanto eu iria passar a trabalhar ali. Para além disso, apenas estaria na Recepção por uns dias, pois também tinha sido aceite o meu pedido para passar por outros departamentos. Desta forma, irei trabalhar no departamento de Eventos!!! (Podendo também passar algum tempo no Comercial). Boas noticias: acabavam-se os 15minutos de espera para o autocarro, e os 45 minutos de viagem consequentes...uma vez antes do trabalho, outra depois.
Resta então arranjar um apartamento no Rio Vermelho, o que não se afigura fácil, e assim poupar quase 2h por dia só em viagens! Para além dos cerca de 5reais por dia.
Depois da conversa com a Srª Adriana, fui para a paragem e apanhei um autocarro para o Barra Shopping. Desta vez optei por um autocarro executivo, que custa 4 reais em vez de 2,20, mas que é bem mais rápido, cómodo e fresco. Em menos de 10-15 minutos estava no shopping, que me surpreendeu bastante pela positiva: optimo aspecto, grandes dimensões, lojas de todo o tipo e uma oferta variada de restauração. De salientar tambem o facto de a maioria das pessoas que por ali circulam serem de um estrato social médio-alto ou alto, com um aspecto perfeitamente europeu.
Lá, comprei o telemóvel (por enquanto não sei o número porque ainda não o activaram) e vi algumas coisas para a casa nova (que tarda mas há-de aparecer!). Aproveitei para me inscrever na viagem de volta ao hotel num expresso grátis, fornecido pelo shopping, e fui jantar. E que jantar...!!! Foi num restaurante de comida chinesa e japonesa, ao quilo! Estiquei-me um pouco nos gastos: foram 25reais (8€, o que para os padrões brasileiros já é carote), mas a verdade é que não cabia mais nada no prato!!! O sushi era óptimo, à semelhança dos dois tipos de massa chinesa e dos camarões. Para sobremesa, um pudim de leite numa pastelaria gourmet.
Com o estômago já recomposto, apanhei o tal autocarro e regressei ao hotel. Cheguei às 22h e tenho estado desde então pelo quarto, a tentar resistir ao sono cada vez com mais esforço.
Como prometido, hoje tirei algumas fotos. Há da Praia da Paciência, onde mergulhei na 3ª feira, da Praia da Ondina, por onde também passei, das ruas engarrafadas de Salvador, do Pelourinho... Não estão nada de jeito, pois ou foram tiradas a bordo do autocarro, ou em passo de corrida a caminho de algum lado. Ainda assim, espero que gostem...
Até já!

4.1 - De autocarro, a caminho do Pestana Convento do Carmo - Praia da Paciência


4.2 - De autocarro, a caminho do Pestana Convento do Carmo - Praia de Ondina


4.3 - De autocarro, a caminho do Pestana Convento do Carmo - Vendedores de água de côco, em Ondina


4.4 - De autocarro, a caminho do Pestana Convento do Carmo - Trânsito intenso


4.5 - Praça da Sé


4. 6 - Rua no Pelourinho


4.7 - Largo do Pelourinho, com a antiga casa de Jorge Amado (hoje casa da Fundação homónima) à direita.


4.8 - Descendo o Largo do Pelourinho.


4.9 - Rua no Pelourinho


4.10 - Vista distante do Largo do Pelourinho, e zona envolvente.


4.11 - Rua no Pelourinho.


4.12 - Rua no Centro. Esperando infrutíferamente pelo autocarro.