segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

9 - A sexta-feira 13 e o fim-de-semana

Já não escrevo desde 5ª feira. Pelo meio houve a mítica sexta-feira 13 e um fim-de-semana tranquilo. Sem entrar em muitos pormenores, pois hoje escrevo mais por obrigação do que por vontade, vou falar do que de mais relevante aconteceu nestes 3 dias.
Não podia deixar de começar por contar algo que valeu por todos os dias de trabalho até agora. E não estou a falar dos 5 reais de gorjeta que recebi de um hóspede...na verdade, detesto receber gorjetas. Passemos então à acção propriamente dita.
Na 5ª feira à noite, um hóspede solicitou uma mudança de quarto, pois o ar condicionado não estava a funcionar propriamente. Era uma daquelas personagens típicas de um filme Brasileiro da década de 70: vinte e muitos anos, magrinho, cabelo ruivo e curto, um bigodinho, e camisola sem mangas. Do ponto de vista não físico, a única coisa que sei dele é que é arrogante, pela forma como fala. Querendo o dito "artista" mudar de quarto, a minha colega procedeu de acordo com a solicitação e, após consultar a disponibilidade, atribuiu-lhe um novo quarto, dando ordem a um bagageiro para conduzir as malas do hóspede ao seu destino. Qual não foi o nosso espanto quando, ao receber a chave, o "artista" exclamou: "Não, esse aí não!" O quarto era num dos pisos mais altos, virado para a Barra, e dos recentemente remodelados...o 1912. "Mas porquê, senhor?", indagou a minha colega. A resposta foi hilariante, ao ponto de a minha colega se ter retirado sob um pretexto qualquer para o back-office, e de eu a ter seguido...era impossivel não rir. A justificação foi, com o ar mais sério e preocupado do mundo, sem uma ponta de brincadeira, e levando a recusa do quarto até ao fim: "Porque amanhã é sexta-feira 13, e mudar-me para um quarto cuja soma dos algarismos é 13, dá azar". E a verdade é que tivemos que lhe arranjar outro quarto.
6ª feira foi mais um dia de trabalho, sem muito para contar. Dormi até tarde, fui dar um mergulho rápido à praia, voltei para tomar banho, almoçar e vestir-me, e fui trabalhar. No final, dei uma volta e fui para o quarto.
Sábado. Acordei ainda mais tarde. Nem deu para ir à praia. E nem o telefonema de Clerisson, (o senhor que conheci no avião e que me mostrou a cidade na 1ª noite em Salvador), às 8h15 da manhã, me conseguiu despertar. Fui almoçar ao Suco 24h, e regressei ao hotel. Às 15h30, conforme tinhamos combinado bem cedo, Clerisson passou no hotel para me apanhar, e fui com ele até ao bairro de Brotas, onde nos esperava um grupo de mais de 10 pessoas. Estivemos a conversar a tarde toda, acerca de variados assuntos. Falaram-me acerca dos passeios e viagens que costumam fazer, nomeadamente às ilhas próximas e à Chapada Diamantina, e fui incluído na lista para as próximas aventuras.
Eram já 21h quando Clerisson me trouxe de volta ao hotel. A fome apertava, mas uma estranha vontade de ficar pelo quarto também. Assim, tomei a opção mais obvia: saí, fui a uma loja aberta 24h, comprei salgados, bolo e sumo e regressei ao quarto. Liguei a TV e a net, e fiquei de papo para o ar o resto da noite, até às 3h da manhã. Às vezes sabe bem ser indolente!
Hoje, para não variar, acordei tarde. Ainda assim, e porque o dia era grande e eu não tinha que trabalhar, havia muito tempo livre pela frente. Como ontem não deu para ir à praia, hoje fui matar saudades. Decidi levar o livro que ando a ler (A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende, oferecido pela Luísa), e em boa hora o fiz, pois deu-me muito gozo lê-lo! Fiquei na praia das 12h30 às 16h. Depois vim ao quarto tomar banho e trocar de roupa, e apanhei o autocarro para o Iguatemi, um dos maiores shoppings de Salvador. A intenção era ir ao cinema, ver "O estranho caso de Benjamin Button" mas, apesar de ter chegado lá às 16h50 e de o filme ser só às 17h30, já estava esgotado! Aproveitei para ir almoçar. Sim, almoçar. Tal como me esqueci de referir, também me esqueci de o fazer: com a história de acordar tarde e ir para a praia o mais depressa possível, nunca mais me lembrei de almoçar! Dei uma volta pelo shopping e regressei. Estive um pouco pelo quarto e saí para jantar às 22h. Pizza...já tinha saudades. Mais uma volta pelas ruas e regresso ao quarto. Amanhã há trabalho...
...e hoje não há fotos.
Só uma pequena nota: dou as boas vindas ao Brasil ao meu pai e ao meu irmão, que hoje chegaram ao Rio de Janeiro, onde passarão as próximas 2 semanas. Eu visita-los-ei...e comigo trarei o meu irmão, que depois ficará comigo durante 2meses! Até daqui a uns dias, "miúdos"!
Até já!

1 comentário:

  1. Ainda bem que te está a divertir tanto ler A Casa dos Espíritos....desta vez acertei, lool!

    Vai pondo aí umas fotos para deixar cheio de saudades do verão :P

    Bjinho

    ResponderEliminar